Rua dos Mercadores – João Alfredo

Posted in Bairro, Belle Époque, comércio, João Alfredo, Sem categoria on 5 de Novembro de 2012 by pedrosouza10

Quem nunca foi convidado a ir lá em baixo, ou vamos no “Veropa”, ou simplesmente vamos no comércio?

Bem creio que a maioria já ouviu esses termos, em particular  sempre achei engraçado dizer vamos lá em baixo. Por quê lá em baixo? Deve ser por que é a parte baixa da cidade, hum! Não sei explicar muito bem, um mais antigo saberá responder melhor. Olha o centro comercial tá cada vez mais cheio, mais lojas , mais camelôs, mais tudo. Em pensar que a Rua João Alfredo era totalmente diferente dos dias de hoje, sei que vocês já escutaram sobre a  Belle  Époque e não é novidade dizer que no passado ir na João Alfredo não só  significaria fazer compras, mas sim bater um papo, paquerar, exibir a melhor roupa, o melhor penteado e outros costumes da época,  que era uma área onde circulava a elite da cidade e as lojas só comercializavam produtos de primeira, moda européia e por ai.

 Antes de ser chamada de João Alfredo, a rua possuía o nome de Rua dos Mercadores,  por ali se encontrar os principais mercados da cidade.

Seu atual nome homenageia João Alfredo Correa de Oliveira, presidente da província do Pará de 1869 a 1870.

A via atualmente abriga inúmeras lojas de diversos departamentos, cujo um dia foi para a elite, hoje já atinge na maioria a classe popular, onde ainda em grande parte, mesmo com a prefeitura agindo os camelôs tomam conta. A via vem sofrendo reformas nos últimos anos, porém nada que valorize da forma que deveria ser  valorizada a história do lugar.

Não localizada  na João Alfredo, mas bem próximo se encontra na Santo Antonio a primeira empresa comercial cadastrada em nossa cidade, a loja Paris  n’ América, onde é possível apreciar um prédio com os traços originais, uma escadaria muito linda e mesmo com todas as modificações no centro comercial, a loja vem resistindo e mantendo sua beleza.

Escadaria da loja.

Apesar da abertura de shoppings, galerias, a Rua João Alfredo recebe diariamente um enorme público, talvez devido ao preço popular e as diversas opções que se encontra no lugar.

Portanto com um pouco mais de atenção das autoridades locais, a Rua João Alfredo se torna um ambiente mais organizado, onde sua história continuará viva e preservada.

Pedreira do samba e do amor.

Posted in Bairro with tags , , , on 17 de Setembro de 2012 by pedrosouza10

Em casa as correspondências chegam indicando bairro do Marco e às vezes da Pedreira, porém quando questionado pelo bairro onde moro sempre respondo Pedreira, ah a famosa Pedreira do amor e do samba, da feira sortida e aldeia amazônica, da Embaixada de samba, da Praça Eneida, da Pedro Miranda e suas carregadas mangueiras.

Bem o nome Pedreira supostamente vem pela quantidade de pedras no bairro no século passado, o bairro sempre foi referência a cultura carnavalesca. O passado do bairro é marcado pelos grandes bailes carnavalesco, pela tranqüilidade de suas ruas e entre outros fatos destaco a existência dos cinemas Paraíso e o Rex depois transformado no Vitória.

Além de uma sala com 1.200 poltronas, o Cine Paraíso também funcionava como um bar, frequentado por intelectuais, políticos e estudantes universitários, que se reuniam em dias de sessão, transformando o bairro da Pedreira, hoje visto como um dos mais violentos, como um dos mais culturais da cidade.” -trecho retirado do artigo  lembranças do cinema paraíso do blog Reimprensa – http://reimprensa.blogspot.com.br/2012/04/lembrancas-do-cinema-paraiso.html

O bairro da Pedreira se transformou em um dos grandes pólos comercias da cidade, no bairro se encontra praticamente de tudo. Agências bancárias, farmácias, supermercados, posto médico, delegacia, correios, lojas de diversos departamentos e uma imensa variedade de produtos na feira e ao decorrer da Avenida Pedro Miranda..  

Mercado Municipal da Pedreira

 

Dentro do mercado as opções são variadas.

As principais avenidas são Visconde de Inhaúma, Marquês de Herval, Pedro Miranda (principal rua do bairro) e Antonio Everdosa.

Marquês de Herval

As travessas que cortam as avenidas do bairro são Dr:Freitas, Alferes Costa, Perebebuí, Pirajá, Enéias Pinheiro, Travessa Lomas Valentinas, Angustura, Travessa Barão do Triunfo, Travessa Mauriti, Mariz e Barros, Timbó, Vileta, Travessa Humaitá, Chaco, Curuzu, Antônio Baena.

Barão do Triunfo

Na Pedreira  encontra se a Aldeia de cultura  Amazônica Davi Miguel antes Aldeia Cabana de Cultura Amazônica Mestre Davi Miguel,  é onde ocorre grandes eventos de nossa cidade em destaque o carnaval, pelo qual foi criado o espaço, sendo assim o sambódromo de Belém.

Aldeia Amazônica

Marques de herval

Academia ao ar livre

Assim como todo bairro a Pedreira também tem seus problemas, a Avenida Marquês de          Herval passou por uma obra,onde foi totalmente reformada com criações de espaços para      lazer e atividades físicas, além de uma ciclovia . Realmente a obra foi de grande importância, porém a falta de manutenção de alguns pontos vem se destacando e como       consequência a marginalidade vem tomando conta dos espaços destinados ao lazer.

No inicio teve atividades para as crianças e se via guardas municipais fazendo ronda frequentemente pela Avenida, porém de uns meses para cá o que  se vê são relatos de assaltos e de uso de drogas no local.

Mas o principal problema do bairro é mesmo a violência, são inúmeros assaltos ocorrendo todos os dias, a população vive como refém desses criminosos. Para um bairro que já foi considerado um lugar tranquilo, basta ouvir histórias de moradores mais antigos e hoje está entre os mais perigosos de Belém é triste.  É ano de eleição, ficamos na esperança de quem for eleito procure melhorar a situação não só   da Pedreira mas de nossa cidade.

Seria ótimo falar só das coisas boas,  porém os problemas estão ai para serem resolvidos, falei um pouco do bairro da Pedreira, espero que gostem e que a Pedreira volte a ser  o famoso bairro do Samba e do Amor .

                                 * Tradicional escola de samba de Belém- Embaixada de Samba do Império Pedreirense

                                                                                                                                       * foto retirada da internet as demais foram tiradas por Pedro Souza

Visagens e Assombrações de Belém – NOTA 10

Posted in Dicas, Literatura popular with tags on 30 de Agosto de 2012 by pedrosouza10

Um dia desses batendo um papo com amigos no trabalho, foi comentado certo livro, bem que poderia passar despercebido, afinal livros não existem poucos. Porém o livro comentado é especial para mim. Não só pelo assunto, mas também por ser um dos primeiros que li. Então hoje o Blog Belém sempre Belém vem falar um pouco e indicar para quem não conhece o livro Visagens e Assombrações de Belém do escritor Walcyr Monteiro. Um livro que possui várias edições e que certamente alguma história do livro você já ouviu, caso não conheça a obra.

O livro é ótimo, com certeza quem ainda não teve a oportunidade de ler vai gostar. Sua primeira edição foi em 1985. Nele são contadas diversas histórias sobrenaturais e de visagens que ocorreram em nossa cidade, verdadeiras ou não, mas que com certeza mexem com o imaginário popular. A coleta das histórias foi realizada entre 1969 e 1972, porém algumas tenham sido ouvidas durante a infância do autor.

                                                                                                                                                                         Walcyr Monteiro

A obra é dividida em cinco partes, onde na primeira é a coletânea dos contos, a segunda é a descrição do Culto das Almas, a terceira é a área de pesquisa, a quarta constitui uma abordagem de interpretação dos fenômenos e a quinta as conclusões que chegou o autor, e ainda possui um Documentário fotográfico.

Muitas das histórias são bem conhecidas e que já ganharam adaptações para peças, filmes, tema de escola de samba. Vem sendo utilizadas em sala de aula, universidades.                                                                                                                                                         Fantasma Erótico da Soledade  

  

                                                                                                                                                                  Matinta Pereira da Pedreira

Entre as histórias  destaca se a Moça do táxi, A procissão das almas, A matinta pereira da pedreira, A moça sem face e outras .

A moça do táxi talvez seja a mais conhecida , cresci ouvindo essa história e acredito que vocês também.  A famosa história da moça que pega um táxi em frente ao cemitério e passeia pela cidade, hum o resto da história a maioria já conhece. Então repito,  vale muito conhecer essa obra e pra quem já conhece e tem em sua casa, com certeza possui um tesouro da literatura popular.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          A moça do Táxi 

   O autor possui outras obras como Visagens, Assombrações e Encantamentos da Amazônia(coleção de 13 livros), As Incríveis Histórias do Caboclo do Pará, Presente de natal entre outras.  

   

                                                                 

Então amigos em breve falarei um pouco desse grande escritor Walcyr  Monteiro,  espero que tenham gostado, até a próxima postagem.                                                             

Mercado de São Brás

Posted in ponto turístico on 19 de Agosto de 2012 by pedrosouza10

 Nesse primeiro artigo resolvi falar um pouco sobre o mercado de São Brás, um local que deveria ser tratado melhor, que deveria ser mais valorizado, porém não é o que ultimamente acontece.

Mercado de São Brás é uma construção histórica localizada na cidade de Belém, no estado brasileiro do Pará. Situado distante do centro histórico da cidade, foi erguido durante época áurea do ciclo da borracha amazônica – Belle Époque , a sua construção foi iniciada no dia 1º de Maio de 1910 e foi concluído em 21 de Maio de 1911.

O Mercado foi construído em função da grande movimentação comercial gerada pela ferrovia Belém/Bragança. Como o ponto final do trem era em São Brás, com muitas pessoas embarcando e desembarcando ali, a área se tornou atrativa para a comercialização de produtos. O mercado foi projetado também para ampliar o abastecimento da cidade, que até então ficava concentrado apenas no mercado do Ver-o-Peso. Criado pelo arquiteto italiano Filinto Santoro, o mercado possui sua estrutura construída em ferro e mescla elementos do art nouveau e neoclássico, com detalhes escultóricos também em ferro e azulejos decorativos.

Antônio Lemos, intendente de Belém na época, cedera a Santoro o terreno para a construção do mercado. Foram importados da Itália materiais e operários para a execução da obra. A obra foi executada pelo engenheiro italiano Filinto Santoro, também responsável por outras grandes construções em Belém, como o Palacete Augusto Montenegro e o Colégio Gentil Bittencourt 

Em 1988, na administração do prefeito Fernando Coutinho Jorge, o mercado passa por uma grande      reforma, com mudanças significativas nos seus aspectos espaciais e de uso. Após essa intervenção, o    prédio atual passa a contar com espaços destinados a teatro, comercialização e oficinas de administração municipal. O uso antes existente como venda de carne, fruta, legumes e produtos de mercearia foram transferidos para este espaço. Devido à acústica e a grande movimentação de veículos, o teatro foi desativado e o mercado fechado temporariamente. O mercado de peixe, ladeado pelos quiosques de mesmo estilo, formam o complexo cultural do Mercado de São Brás.

Com o aumento do trabalho informal nas ruas próximas ao mercado, fez com que o prefeito da época  Edmilson Rodrigues na sua segunda administração, remanejasse os trabalhadores para dentro do mercado, incluindo os moveleiros, que antes comercializavam seus produtos nas calçadas das ruas.

Tombado pelo patrimônio histórico municipal e estadual em 1982, a estrutura arquitetônica não é adequada para preservar uma construção histórica de tamanha importância. Depois de pelo menos três grandes reformas, o mercado teve a planta redesenhada e sua estrutura interna foi despida de muitas das suas características originais.

“Ele foi pensado para ser um mercado moderno, no início do século XX, e poderia ser, como em outras cidades, um mercado cuidado e até sofisticado”.
 

Atualmente prédio sofre com a má conservação por parte do poder público, há sinais evidentes de deterioração do espaço, também é visível problemas como goteiras, infiltrações na parede e acúmulo de lixo em algumas partes do mercado. O mau estado de conservação da praça também afeta diretamente o mercado, pois a praça é usada como abrigo por moradores de rua. O prédio ainda é importante para o abastecimento da capital. Constituído por setores que incluem: feira, mercado de peixe ,carne e praça de alimentação.São cerca de 500 trabalhadores que atuam no mercado. Além de frutas, verduras, carne, peixe e camarão, o Mercado é conhecido pela comercialização de artesanato, ervas, artigos de umbanda, vestuário, sebos e o mais forte atualmente que é a mercearia. O mercado encontra-se em lugar estratégico, pois ocupa o ponto de confluência de importantes vias de Belém: avenidas Almirante Barroso, José Bonifácio e Magalhães Barata

O que poderia ser feito para  melhorar e transformar-lo em um ponto aprazível e prestigiado pelos paraenses e turistas 

Investimento em segurança e em educação ambiental para os próprios que mantém suas barracas por lá;

Cuidados com a limpeza e seguraça em todo o complexo;

Conservaçao do prédio – tirar as goteiras, as infiltrações nas paredes, a pintura;

Melhor iluminação no entorno, e outras melhorias que o mercado necessita urgentemente.

A administração é feita pela Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Economia (Secon).
A última reforma foi realizada em 2010. Segundo o diretor geral da Secon, Luiz Carlos Silva, a obra foi feita conforme orientações de técnicos do Departamento de Patrimônio Histórico, da Fundação Cultural de Belém (Fumbel).

Então conhecemos um pouco da história  e da realidade do mercado, eu fico na torcida  de dias melhores para o complexo .

Milícia Celeste

Relatos de um guerreiro, e seus passos no caminho da tradição

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